segunda-feira, 24 de setembro de 2007

ZARDANA VAI EMBORA. E NÓS?


A potranca gaúcha chamada Zardana, uma filha do irlandês Crimson Tide, na argentina Dear Filly, esta uma descendente do americano Southern Halo, correu três vezes na Gávea e ganhou todas, com muita facilidade, demonstrando ser pelo menos um projeto de craque. Com isso, a crioula do Haras Campestre (Itaqui) que vestia as sedas do Haras Arroio Butiá, despertou a cobiça do turfe norte-americano. E os dólares chegaram em profusão. Não deu para resistir e Zardana estará sendo embarcada para os States, aos cuidados do vitorioso treinador Ron McAnally. Seu novo proprietário chama-se Arnold Zetcher, um milionário da Califórnia. Como se vê, apesar de tudo, a criação nacional é um sucesso no exterior. Contudo, só a exportação é rentável no turfe brasileiro. E não pode ser assim. A atividade no país precisa reagir, voltar a crescer, melhorar substancialmente as premiações para, pelo menos, dar mais esperança aos abnegados que nele labutam, principalmente os proprietários, as vítimas maiores da crise que se abate sobre nós. A solução passa pelo Congresso. Se aprovaram o Timemania, para ajudar o futebol, por que discriminar o turfe que até gera mais empregos do que o futebol? Sabemos que esse apoio só acontecerá se houver um esforço conjunto para motivar Brasília. Não vamos parar de bater nesta tecla: Mexam-se senhores dirigentes!
ÊXITO BRASILEIRO NA ÁFRICA DO SUL

Para ratificar o que falamos a respeito da excelência do cavalo brasileiro, nos chega a informação de que a potranca de dois anos, Rat Burana, filha do norte-americano Dodge e Carmina Burana (Southern Halo) criada no Paraná, pelo Haras Anderson, assumiu a liderança da geração na África do Sul. A potranca que foi vendida ainda inédita num leilão realizado em São Paulo, ano passado, para o Wilgerbosdrift Stud, levantou agora, dia 27, o importante Allan Robertson Fillies Championship, prova de grupo I, aos cuidados do mais destacado treinador local, Mike De Cock. Rat Burana mantém-se invicta e essa vitória deu-se às expensas da sul africana Kiss for Kate que ficou-lhe a um corpo e meio, no disco final, para o espetacular registro de 67s 67/100 empregado pela brasileira para cobrir os 1.200 metros da competição. Segundo seu treinador, ela agora vai gozar de merecido descanso para retornar às pistas somente na primavera.

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