segunda-feira, 24 de setembro de 2007

DERBY ARGENTINO 2007


Os dirigentes do hipódromo de Palermo anunciaram a premiação do Gran Premio Nacional, o Derby Argentino, que se disputará em novembro. Os números são assaz expressivos para os padrões latino-americanos, por isso o registro que ora fazemos. A prova, em 2500 metros, foi ganha no ano passado pelo brasileiro Eu Também que, por causa disso, acabou sendo vendido a um sheik árabe por alta soma. Pois, neste ano, o valor do Nacional foi elevado substancialmente e seu ganhador receberá 520 mil pesos, algo como 168 mil dólares, no câmbio de hoje. Isso só foi possível graças às "maquininhas" instaladas em Palermo, cuja autorização, pelas autoridades da capital federal argentina, trouxe como resultado a imediata recuperação do turfe de Buenos Aires, colocando Palermo hoje em posição de liderança, superando a San Isidro. Como consequência, os prêmios são constantemente elevados o que, por consequência, torna a atividade mais apetitosa e lucrativa para os proprietários e também faz com que os haras aumentem seus investimentos, na certeza de um retorno compensador. É o "círculo virtuoso" do turfe em ação.

E NO BRASIL?
Aqui, infelizmente, a coisa é bem diferente. Agora mesmo, no próximo dia 19, teremos a festa máxima do turfe paulista, com a realização do GP São Paulo e outros clássicos. O prêmio maior será de 65 mil reais, muito inferior, portanto, ao padrão argentino de hoje. Em crise há vários anos, o turfe paulistano luta para sobreviver, sem encontrar apoio político, buscando
voltar aos bons tempos. O Rio está melhor, mas igualmente tem dificuldades. Paraná anda pelas caronas. Minas e Brasília fecharam. Bahia, idem. Pernambuco sobrevive como pode e pode muito pouco. E aqui, no Rio Grande do Sul, Bagé, Uruguaiana, Rio Grande e Livramento estão cerrados. Santa Maria e Cachoeira funcionam intermitentemente, ou seja, apenas sobrevivem. Pelotas está com suas atividades terceirizadas e vai se aguentando. E, finalmente, Porto Alegre. Mal das pernas, vive de vender patrimônio. Este é o quadro da dor. Se não agirmos rápido...

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