segunda-feira, 24 de setembro de 2007

PARQUE DO GAÚCHO DE BAGÉ INAUGURA CANCHA RETA


Cavalo que talvez tenha sido um dos últimos ídolos do turfe gaúcho, Garve era um zaino forte e bem aprumado, mas de pedigree sofrível. Descendia de Garboso e Arveja, dois animais sem qualquer expressão. Contudo, geraram um craque. Era a "gloriosa incerteza do turfe" mais uma vez se manifestando. Garve foi treinado por Clóvis Dutra e fez uma campanha extraordinária no Cristal. Ganhou tudo que podia e, levado a Cidade Jardim, enfrentou os melhores corredores do Brasil e, se não ganhou, perdeu de crime. Pertencia a Alcides Brum e Stud Rolante (leia-se Waldemar Möeller). Adquirido em leilão por baixo valor, deu imensas alegrias a seus proprietários e torcedores, que se constituiam em verdadeiro fã clube do craque. Ao fim de sua proveitosa campanha de pistas, foi comprado por Luís Fernando Cirne Lima, que o levou para sua Fazenda da Pedreira, em Don Pedrito. Teve poucas chances como reprodutor, passando quase em branco pela nova atividade. Seu ciclo teve um encerramento melancólico. Garve nos veio à memória trazido pela informação de que, hoje, duas pencas, com quatro animais cada, inaugurarão a cancha reta localizada no Parque do Gaúcho, situado nos arredores de Bagé. O leitor estará se perguntando, a esta altura, o que afinal Garve tem com isso. E nós respondemos: o Parque do Gaúcho ocupa as dependências do antigo, pequeno e já extinto Haras Limoeiro, justamente o local onde nasceu e foi criado o nosso craque. Mas as duas pencas serão realizadas a partir das 15h, sendo a denominada Alceu Collares, que homenageia os 80 anos do político gaúcho, a mais importante, com quinze mil reais de prêmio ao ganhador. O programa se completa com o páreo em homenagem a Clóvis Ilgenfritz, que contará exclusivamente com parelheiros bageenses. É esperado um grande público neste evento que encerra as comemorações da Semana Farroupilha, promovido pela prefeitura da Rainha da Fronteira.

Um comentário:

Anônimo disse...

cancha reta, etanóis k.d. oseu bolero caudilho veio esse é omeu pai ... f.maurente