segunda-feira, 24 de setembro de 2007

GANHAR NO URUGUAI ESTÁ VIRANDO ROTINA


Domingo, 29 de julho. Hipódromo de Maroñas recebe um grande público que enfrenta o inverno gelado para assistir uma reunião especial com 15 provas, centralizada por dois clássicos importantes. Um evento coroado de êxito, tendo passado pelas bilheterias a soma de 6.454.100,00 pesos, novo recorde de apostas no Uruguai. O primeiro clássico do dia, o Clasico Paraguay, em 1.200 m, marcou o reaparecimento do argentino Artic Sun, eleito favorito dos apostadores. O filho do craque Painter não teve maiores dificuldades, impondo-se de um extremo ao outro, no excelente registro de 69s 78. O leitor estará se perguntando o que nós brasileiros temos com isso. E respondemos: Artic Sun é treinado e foi dirigido por uma dupla de gaúchos que fazem sucesso na terra charrua – Ivo Walter Pereira e Everton Rodrigues Fernandes. Mas nosso sucesso não ficou por aí. Veio a galope, no GP Producción Nacional (G III), com a potranca de Uruguaiana Bright Halo (Spring Halo), cujos criadores e proprietários são também gaúchos. A outra representante de sedas riograndenses, Piquetera, de Luis Fernando Cirne Lima, perdeu a dupla por pequena diferença para a veloz Ancona (First American) com quem brigou desde o pulo. Bright Halo ficou na expectativa da luta e, quando seu jóquei Rubén Rivero, entendeu de tratar dos papéis, a pensionista de Nelson Migues respondeu com grande ação. Dominou com folga, cruzando de viagem por suas rivais e chegando ao disco em 89s 04 para os 1.500 m, arranhando o recorde. Que, por sinal, pertence a outro gaúcho, Padrão Lima. Foi a terceira apresentação da descendente de Spring Halo e Bright Blue, por Bright Again. Manteve-se invicta. E mais, confirmou ser a melhor potranca de dois anos em atuação no Uruguai. Criada pelo Haras Cruz de Pedra, de Antonio Carlos Mondino Silva, pertence ao Stud San Diego Stone Cross que, por sinal, também é dele, em sociedade com seu filho, Diego. A continuar nesse ritmo, crescendo a cada nova apresentação e melhorando com o aumento das distâncias, Bright Halo tem um futuro muito promissor. Isso sem contar que os dólares podem aparecer a qualquer momento e arrebanhá-la para os Estados Unidos, ou, quem sabe, os Emirados Árabes, visto que os sheiks estão comprando tudo o que pinta de bom nas carreiras. E para eles, os dólares jorram dos poços de petróleo que, por acaso, são herança familiar...

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