segunda-feira, 24 de setembro de 2007

GP BRASIL ESTÁ CHEGANDO


Domingo que vem é dia de festa no Rio. Um esforço elogiável da diretoria do Jockey Club Brasileiro fez com que a premiação do maior evento do turfe brasileiro pudesse ser reconhecida como à altura do grande clássico nacional. É de fato um grande prêmio: R$ 200.000,00 de bolsa mais os 168.000 apurados no que eles chamam de added. Grande, em termos tupiniquins, é claro, porque se fosse nos EUA, Europa ou mesmo no Japão, Hong Kong ou Austrália, seria uma premiação comum. Até na Argentina as bolsas dos principais clássicos são mais substanciosas. Mas aqui no Brasil é uma senhora bolsa, para um GP Brasil que mais uma vez será apenas local, com a participação de animais sediados em Rio e São Paulo, unicamente. É óbvio que seria desejável a presença de animais de fora, Argentina, Uruguai, Chile, Peru, mas isso, infelizmente, não será possível. Não que a premiação não atraia, mas porque os entraves burocráticos e as dificuldades de transporte tornam a empreitada proibitiva. É uma pena, mesmo porque, no momento, eles não têm cavalos de grande qualidade. Os bons, foram exportados e o que sobrou, não mete medo. Não importa. Com ou sem estrangeiros, a festa será um êxito. O GP Brasil recebeu treze anotações de animais, cujos proprietários se dispuseram a pagar de 12 a 24 mil reais pelo direito de participar. Outras três provas de GI estão programadas: o GP Presidente da República, com 17 inscritos; o GP Nelson e Roberto Seabra, com 14 e o Major Suckow, com 15 competidores. Como estamos tratando do evento máximo do turfe no Brasil, acreditamos que até a mídia irá acordar e fazer a cobertura da festa. Longe, é claro, daquilo que fazia em décadas passadas mas, pelo menos, o turfe vai aparecer. Uma aparição "telescópica". Depois, sumirá do noticiário, só voltando em caso de acidentes graves de raia, rodadas espetaculares, etc. Mas enfim, esta é a nossa realidade e só nós, turfistas e principalmente os dirigentes e as pessoas gradas do turfe podemos modificá-la. Para isso é preciso que se faça uma ação conjunta perante os órgãos públicos, políticos em geral e o governo federal em particular, no sentido de que a nova regulamentação do jogo, que está por acontecer, contemple o turfe e beneficie a cadeia econômica por ele gerada.

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