sábado, 24 de novembro de 2007

URUGUAI E PERU

A potranca gaúcha,criada no Haras Cruz de Pedra,em Uruguaiana,Bright Halo,eleita com a melhor 2 anos de Maroñas,reapareceu ontem naquele hipódromo,ostentando a condição de favorita da crônica especializada. Infelizmente,como esta coluna tem que ser feita com antecedência,não temos condições de informar o resultado do “Clasico Asamblea General Legislativa”,disputado pela potranca do Stud de Carlos Antonio Mondino Silva.
Prometemos que isso será feito na próxima semana.
E no hipódromo de Monterrico, situado nos arredores de Lima,tivemos o Derby Nacional peruano,domingo passado,18,em 2400 m. O vencedor foi o craque local,franco favorito da competição,Tomcito, um norteamericano filho do reprodutor Street Cry,que deixou nos cronômetros a marca de 155s2/5.

AZARÃO EM LA PLATA E REELEIÇÃO EM SÃO PAULO

Segunda–feira, 19, dia de festa na capital da província de Buenos Aires. Dia do GP Dardo Rocha, a prova máxima do turfe de La Plata. Tarde linda e o público correspondeu à grandeza do evento, comparecendo em massa ao hipódromo. Segundo a imprensa argentina, não cabia “ni un mosquito más” nas tribunas. O resultado da carreira foi uma grande surpresa para os entendidos. O vencedor foi Ithamar (Intérprete), uma pule de mil. Sim, o pilotado do aprendiz Miguel Meléndez, mercê de seus modestos antecedentes, foi o menos apostado e pagou 99,60 pesos, por peso nele apostado, fato raríssimo no turfe. Mas Ithamar venceu com todos os méritos. Aguardou a reta de chegada e, quando solicitado, foi “imparable”,cruzando de viagem para a ponta, na discreta marca de 152s2/100, quase 2 segundos pior, por exemplo,do que a registrada aqui no Cristal, 4 dias antes,por Starman,para vencer o GP Bento Gonçalves.O também pouco apostado, Suker,(Fortunate Joe) formou a dupla da edição 2007 do “Dardo Rocha” ,que distribuiu uma bolsa de cerca de 103 mil dólares.
MARCIO TOLEDO VAI DE NOVO

Baseado numa pesquisa, que ele mesmo encomendou ao Datafolha, Márcio Toledo vai para a reeleição na presidência do Jockey Club de São Paulo. A consulta feita por telefone a 500 associados da entidade, revelou que 64% deles aprovam a atual gestão e esse resultado foi decisivo para que Márcio Toledo e sua equipe se candidatassem a um novo período na regência dos destinos do club paulista. Por enquanto, pelo menos, não apareceram concorrentes e, a persistir este quadro, a reeleição se fará por aclamação.

O SHEIK FOI ÀS COMPRAS

Mohammed bin Rashid al Maktoum tem uma burra de petrodólares que parece inesgotável. Além dos investimentos miliardários que realiza em Dubai, o proprietário da Godolphin não pára de botar dinheiro em cavalos de corrida. Para reforçar o plantel de seus haras, o homem mandou brasa nos leilões da Fasig Tipton Selected Sales que se realizaram em Kentucky, por estes dias.Através de seu agente, John Fergusson, o sheik investiu a “mixaria” de 33 milhões e pico de moedas verdes, para adquirir 8 éguas de primeiro nível, tendo em vista reforçar o seu plantel de reprodutoras. E começou por adquirir a multi - campeã Playfull Act,descendente do extraordinário reprodutor Sadler’s Wells ,vazia,(tinha abortado de Kingmambo) pagando o preço-recorde de 10 milhões e meio de dólares.Imaginem quanto pagaria se estivesse prenhe?...As outras compras não ficaram muito atrás.Ele arrematou,por exemplo, a ganhadora da Breeders Cup Distaff de 2006, Round Pond (Awesome Again), de 5 anos,pagando 5milhões,750 mil dólares.Em seguida, o martelo foi batido nos 4 milhões de dólares,importância paga pela notável potranca de 3 anos, Octave (Unbridled’s Song). E seguiu comprando: 3 milhões por Asi Siempre (El Prado)de 5 anos,mesma quantia dispendida para adquirir a 7 anos Indy Five Hundred (A.P.Indy),cheia de Kingmambo,cujo serviço vale 250 mil dólares.Prenha do mesmo garanhão,Evil(Hennessy),de 9 anos,valeu 2milhões e 700 mil,enquanto Melhor Ainda (Pulpit),prenha de Maria’s Mon e Rosa Parks (Sadler’s Wells).coberta por Kingmambo,saíram mais barato para o homem,apenas 2 milhões e 300 mil.
Mas não parou por aí o dispêndio de petrodólares. Sentindo que sua scuderie não estava com a bola toda para a temporada de Dubai, que está começando,nosso sheik botou mais uma graninha e comprou o craque da Alemanha, Schiaparelli (Monsun) um cavalo de 4 anos, ganhador de 9 carreiras, as últimas 4 consecutivamente. Foi negócio particular, de montante não revelado,mas é certo que de milhões de dólares. Esses números, que chegam a assustar a nós, sulamericanos, dão uma idéia do negócio representado hoje em dia pelo cavalo de corridas. Uma fábula de dinheiro jorra de suas patas. O puro sangue tranformou-se em comodditie das mais valiosas nos Estados Unidos e Europa, onde o turfe é reconhecido como uma atividade industrial de peso e valorizado pelos seus governantes. Já aqui no Brasil, é melhor nem falar...
Apenas como curiosidade, e para encerrar este artigo, informamos que o meeting de Dubai (onde o jogo é proibido) é todo patrocinado... Adivinhem por quem?

ECOS DO BENTO E DA CRISE

Ainda ressoa em nossa cabeça o sucesso alcançado pelo GP Bento Gonçalves,dia 15 último.Tudo funcionou a contento, a parte técnica,com carreiras emocionantes e bem disputadas e a parte social,com um público que de há muito não se via em nosso hipódromo. Claro que não tanto como ocorria até os anos 80, quando a imprensa se empenhava em fazer uma grande cobertura do evento - quase tão grande quanto a que fazia em um Grenal,por exemplo.Hoje,o turfe desapareceu das páginas diárias dos jornais,mas bastou que o Bento fosse noticiado, para que os aficcionados reaparecessem no Cristal,dando sua contribuição ao espetáculo e garantindo um excelente movimento geral de apostas.No total,mais de meio milhão de reais circularam pelos guichês.Um número recorde para o Jockey Club do Rio Grande do Sul,no ano em que comemora seu centenário de fundação.Os clássicos disputados naquele dia,foram os 1820m do “Nestor C.Magalhães”, vencido por Urban Anki,às custas de For Good Reasons; os 2000m na grama,do GP Nelson e Roberto Seabra,levantado pela pequenina mas muito valente Juventude,escoltada por Obirici; a milha do “Presidente da República”,vencido por Dubai, derrotando ao favorito Oligarca Gaúcho; o Bento do Ricardinho e do brilhante Starman que,se for ao Uruguai para disputar o Ramirez,tem grande chance de repetir o feito de Porto Alegre. Basta que reedite aquela performance maiúscula; e a joqueada do Tiago Josué Pereira no dorso de Az de Clark, reagindo com ímpeto ao violento ataque de Aromatic Lady, durante praticamente toda a reta de chegada,nos 1200 na grama do GP A.B.C.P.C.C. Mas isso tudo é “jornal de ontem”. E como Bento há um só, voltamos ao quadro de penúria que tem caracterizado o nosso turfe. Para a quinta-feira passada, a Comissão de Corridas conseguiu, a duras penas, formar um programa ralo de apenas 9 páreos,com campos reduzidíssimos.É claro que o público voltou a minguar, assim como o movimento de apostas. Retornamos à rotina de prejuízo sobre prejuízo. Se não houver uma ação conjunta das entidades turfísticas nacionais junto a Brasília, nada se resolverá.O turfe pede socorro e nossos políticos estão surdos. Há que fazer-se ouvir.Se Maomé não vem à montanha...

AS LIÇÕES DO BENTO DO CENTENÁRIO

Por Ricardo Fellizola

No último dia 15, tivemos um dia memorável no Hipódromo do Cristal e a presença de público combinada com o belo espetáculo de pista. Foram 11 páreos da melhor qualidade, que evocaram os velhos tempos e troxeram uma vontade enorme de repetição. Tivemos animais que se destacaram, como Urban Anki, nos 1820 metros do Clássico Nestor de Magalhães; a potranca Juventude nos 2.000 metros para éguas, Dubai na milha e o veloz Az de Clark no velocidade. Entre os jóqueis, além de Jorge Ricardo, cabe destacar Tiago Josué Pereira, o líder da Gávea, que ganhou duas provas clássicas e tirou um segundo; os locais, Douglas Paz montando Urban Anki e Claudinei Garcia que, mesmo barrado no Bento da condução do favorito Realy the First, bateu sua ex montaria com o potro Ptprince, levando o segundo lugar em esmerada condução, como havia feito no Protetora. Entre os treinadores, Antonio Carlos Silveira, preparou Juventude, vencedora e os placês de Oligarca Gaúcho e PtPrince , na milha e no Bento, isso sem falar no esmero de Dulcidio Guignoni no preparo de Starman.
Velhos turfistas e muitos novatos combinaram-se nas quase dez mil presenças no hipódromo. Viu-se que as corridas realizadas à tarde têm outro sabor: permitem que as crianças estejam divertindo-se nas dependências do prado, enquanto os pais curtem um prognóstico no decorrer dos páreos.
O Bento do Centenário provou que o turfe vive adormecido na alma da população de Porto Alegre e que, diante do significativo projeto de urbanização que se realizará ao redor do hipódromo, ali teremos, em breve, as condições perfeitas para repetir espetáculos como os do último feriado. Cabe agora, com mais afinco ainda, reconduzir nossas reuniões turfísticas para as tardes ensolaradas de dias propícios para atração do público em geral, e do apostador, especificamente. Voltar para os fins de semana, respeitando-se a grade com as entidades coirmãs do centro do país, é o maior objetivo agora.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

VALE MAIS SE NÃO CORRER

Antigamente, os cavalos de corrida valiam pela capacidade de ganhar e, quanto mais ganhavam,mais valiam.Hoje,não.O turfe virou uma indústria e o craque das pistas uma comodditie valiosa.É claro que estamos falando de Estados Unidos, Europa, Emirados Árabes, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul,etc... No Brasil, nadamos contra a corrente, o “esporte dos reis” se desvaloriza a olhos vistos, abandonado pela mídia. A esperança que ainda o mantém de pé, é a de revelar um ganhador de um clássico importante de grupo um que atraia um comprador do exterior. Porque, aqui, o turfe anda pelas caronas. As causas são muitas e delas já nos ocupamos várias vezes, neste espaço.Mas voltando ao turfe, onde ele representa uma atividade econômica valorizada. Nos dias atuais,os cavalos do primeiro time mundial raramente irão continuar correndo aos 4 anos de idade. Tendo campanha e um pedigree de moda,valem uma fortuna para a reprodução. São sindicalizados,ou comprados pelos magnatas do turfe (como o sheik Mohammed ou John Magnier) tendo como destino a reprodução.Suas coberturas são cotadas a peso de ouro e deste modo não vale mais a pena continuar correndo,ainda que o animal esteja perfeitamente apto para isso.É que tudo o que puder ainda receber em prêmios, é muito pouco perto do que se arrecadará com ele na reprodução. Então, não convém arriscar a uma derrota que poderá desvalorizar o animal. É preferível afastá-lo de sua atividade meio.Um garanhão de ponta vende mais de 100 coberturas num ano,cada uma delas valendo entre 200 ,300 mil dólares.Ou seja, de 20 a 30 milhões por ano. Uma fábula.Para se ter uma idéia da evolução do negócio, Ribot,o “Cavalo do Século”, invicto ganhador de 17 corridas,entre elas o GP ARC de Trimphe,por duas vezes,e King George and Queen Elizabeth stakes, as provas mais bem dotadas da Europa, e mais 14 outras, quase todas clássicas, encerrou sua campanha com pouco mais de 300 mil dólares de soma ganha. Verdade que em 1955/56 e, portanto, tem que se descontar a inflação desse tempo todo.Mas, hoje, 300 mil dólares é o que se paga por uma única cobertura de Storm Cat, A.P. Indy, Sadler’s Wells. Só para causar inveja em nosso heróicos criadores, vamos listar os preços dos serviços de alguns garanhões ,válidos para 2008. Além dos citados acima,Distorted Humor, US 300 mil; Kingmambo (250 mil).Os novatos, ainda com 3 anos, Street Sense (75 mil),Hard Spun (50 mil) e por aí vai. Há dezenas de reprodutores na ativa,cuja cobertura vale bem mais. É o que explica o precoce encerramento das campanhas de animais no auge da forma.Não vale a pena correr riscos. ´E até irônico, mas verdadeiro: um animal feito para correr valer mais se for aposentado das corridas.

TRES DERBIES

São Paulo, Buenos Aires e Montevidéu. Os seus três derbies aconteceram no fim de semana passado. O de Cidade Jardim foi palco da vitória de um potro gaúcho,criado em Bagé,pelo Haras Old Friends (parabéns dr. Flores). Mas este não foi Meu Rei, criado no mesmo haras e que ganhara as duas primeiras etapas da tríplice coroa paulista. O filho de Vettori não gostou da raia pesada e rendeu muito abaixo do esperado.A vitória foi de seu companheiro de haras, Mr. Universo, mais um craque produzido pelo extinto Roi Normand. Ele surgiu por fora, na reta, em fulminante atropelada, sob o governo de A.M. Souza e não teve para seus adversários. Passou por cima de todos. Celtic Princess, a favorita, lutou com seu jóquei, J.Moreira, durante grande parte do percurso, escabeçeando, querendo se mandar na frente,mas sendo contrariada por seu piloto,talvez cumprindo instruções.O fato é que a potranca do Stud Jéssica, mostrando ser mesmo uma craque,chegou a retomar a ponta, no início do linheiro final,mas não conseguiu se desvencilhar de Biólogo, que avançou a seu lado.Os dois travaram uma luta sem quartel, que só foi se definir em favor do potro, nos últimos metros. Mas aí, Mr. Universo,feito um bólide, já havia passado para a ponta e livrado 2 corpos, com seu jóquei fazendo pose para o público. Celtic Princess conservou o terceiro, a duras penas, menos de cabeça à frente de Jeune Turc,que avançava no final. Celtic Princess desistiu do Pellegrini ( vai direto para os Estados Unidos) mas o Brasil será representado por Mr. Universo na festa máxima do turfe portenho,em 15 de dezembro próximo.

No Uruguai, o seu GP Nacional,em 2500m,foi ganho com autoridade pelo favorito, Café Silver. O filho de Cafetin, treinado pela ex-joqueta argentina,Yolanda D’Ávila, marcou 157s43 para a distância, com o brasileiro Relento formando a dupla. Os 2 outros brasileiros, inscritos no Nacional, correram pouco. Gomek foi quinto e Alcorano penúltimo.

Já o valioso GP Nacional de Palermo teve este ano uma bolsa de 1 milhão de pesos e uma multidão foi ao prado, lotando todas as dependências daquele tradicional campo de corridas. Com as apostas se elevando a mais de 4 milhões de pesos, ou cerca de 1,milhão de dólares, foi também um sucesso financeiro. Mas o ganhador do Derby foi uma agradável surpresa para nós. Ilusor,que seria o favorito,não correu e Índio Glorioso, que havia levantado a segunda prova da tríplice coroa, ao vencer o GP Jockey Club em San Isidro, rendeu pouco na areia de Palermo,chegando num inxpressivo sexto lugar.A surpresa agradável chama-se Eye of Tiger, um filho do modesto reprodutor chileno Tempranero, criado pelo brasileiro Alessandro Arcangeli ,no haras El Alfalfar,na Argentina e pilotado pelo peruano Edwin Talaverano. Puchet (Potrillón), faixa de Índio Glorioso, salvou pelo menos as pules de placé. Formou a dupla. E... se acabou o espaço.

UM BENTO PARA A HISTÓRIA

Uma tarde linda,com temperatura amena, que só não foi perfeita porque um vento forte surgiu, para incomodar aos milhares de turfistas e não turfistas que se dispuseram a desfrutar de uma tarde agradável no Hipódromo do Cristal. Neste cenário,Jorge Ricardo finalmente alcançou o que de há muito tempo almejava: ganhar o GP Bento Gonçalves, troféu que faltava na su imensa galeria de prêmios. Depois de inúmeras tentativas, finalmente agora,em 15 de novembro de 2007,”Ricardinho” chegou lá. E foi muito mais fácil do que imaginaria o seu fã mais otimista.Seu pilotado, Starman, demoliu os adversários, chegando ao disco de sentença com nada menos que 15 corpos de vantagem. Desde cedo viu-se que Jorge Ricardo corria uma barbada com o descendente de Trempolino.Nos primeiros metros,postou-se em quinto, braceando com extrema facilidade,sem perder contato com os vanguardeiros,Dom Obá e o tordilho Bull Shot.Este se definiu na ponta, lá pela metade da reta oposta , mas já Starman evoluía para terceiro, por fora, sem que Ricardo o tivesse solicitado.O favorito, Really the First, ficava em sexto, sem exibir a mesma ação mostrada no GP Protetora do Turfe.Quando os competidores chegaram à curva, Starman sobrava para a parceria, vinha “marcando hora” para assumir as ações.E a hora chegou, assim que a reta de chegada foi abordada. Jorge Ricardo vinha de galope com o pupilo de Dulcino Guignoni e de galope passou para a ponta,sem que o tordilho Bull Shot esboçasse a menor reação. E quando, a 400m do espelho, Ricardinho sacudiu as rédeas de seu pilotado, Starman “largou dali”. Foi abrindo vantagem cada vez maior, para vencer por enorme diferença,em 150s8/10, marca das melhores da história do Bento Gonçalves, valorizada ainda mais pelo forte vento que atrapalhava as ações no momento da maior prova do turfe riograndense. Really the First avançou para segundo,trazido por Marco Mazzini, mas não resistiu ao ataque final do potro Ptprince,que ficou com a dupla, em bela e surpreendente exibição.A seguir, o paulista Flyer, com Mata Leão completando o marcador. Estava contada a história do GP Bento Gonçalves do ano em que o Jockey Club do Rio Grande do Sul comemora seu centenário. O mais importante, para nós, não foi a vitória de Starman ,nem o fato de Ricardinho ter quebrado o tabu de não vencer esta prova. O importante foi a presença

maciça do público, comprovando o que vaticináramos neste espaço. Com um pouco de apoio da Imprensa,a festa seria um sucesso. Esse apoio não faltou, desta feita e o sucesso “veio a cavalo”,para usar uma expressão afim. Sucesso que também se traduziu nos números alcançados pelo movimento geral de apostas: 557.643 reais, somando-se o apostado no Cristal e Rio de Janeiro, com o total gerado em São Paulo e os remates.

NA ARGENTINA

No espaço que nos resta, vamos falar do GP Nacional ,o Derby Argentino, que igualmente estará sendo disputado esta tarde no hipódromo de Palermo. São 17 os concorrentes confirmados, com destaque para Ilusor, que ganhou a Polla, primeira prova da tríplice coroa portenha, tendo fracassado na segunda etapa ,disputada na grama de San Isidro ,cujo vencedor foi Indio Glorioso. Os dois são os favoritos para levantar a maior bolsa de Palermo. Nada menos que 330 mil dólares estarão em liça, importância um pouco menor do que a que se disputará em dezembro, no GP Carlos Pellegrini. São números importantes, em qualquer lugar do mundo.

HOJE TEM ESPETÁCULO

Tem,sim senhor. Mas o circo está montado em São Paulo, onde o hipódromo de Cidade Jardim espera a presença de um grande público para assistir a um grande show turfístico. Estamos falando do GP Derby Paulista, a ser realizado logo mais, à tarde. O sucesso da festa está garantido pelas presenças de Celtic Princess e Meu Rei, respectivamente, os melhores potros de Rio e São Paulo. O duelo promete. Meu Rei tenta, nesta oportunidade, obter o difícil título de tríplice coroado do turfe paulistano. Mas o filho de Vettori terá que correr muito para derrotar a potranca radicada no turfe carioca. A descendente de Public Purse anda tinindo e seus interessados pensam grande. Querem, depois do Derby, o GP Carlos Pellegrini, em San Isidro. Naturalmente se tudo sair como eles esperam. Celtic Princess tem apenas uma derrota em sua notável campanha, justamente quando enfrentou aos machos e aos mais velhos no GP Presidente da República, a milha internacional da Gávea. E perdeu uma carreira chorada, por apenas meia cabeça para o paulista Jet (Yagli), que teve de bater o recorde da distância, para dominá-la no

último pulo. É com esse cartel e com a direção do melhor jóquei de São Paulo ( e talvez do Brasil ) J. Moreira, que a potranca criada no Haras Bagé do Sul, por Ulisses Carneiro, para o Stud Jessica, vai desafiar o craque da idade, Meu Rei, outro gaúcho, nascido e criado no Haras Old Friends, também em Bagé. O match está marcado para as 17h55 horas . E os 2400m da pista de grama de Cidade Jardim apontarão o melhor potro do Brasil, na atualidade. Mas não pensem que o Derby se resumirá a um mano a mano entre essas duas máquinas. Não. Há outros 12 candidatos inscritos e não estarão lá só para exibir as suas sedas. Alguns deles têm retrospectos animadores e poderão se aproveitar das peripécias do percurso para roubarem a festa. É o caso de Bain Douche, Mr. Universo, Biólogo, Mr. Nedawi, Parc des Princes e, quem sabe, Bud Guy, outro bom representante do turfe carioca. O certo é que teremos um derby sensacional, feito sob medida para recuperar o público que se afastou de Cidade Jardim.

JORGE RICARDO, É ATRAÇÃO ESPECIAL NO BENTO DA TARDE DO DIA 15 DE NOVEMBRO

O Rio Grande do Sul é celeiro de grandes atletas, em todos os esportes. No futebol, formamos ídolos internacionais e os campeonatos mundiais, ganhos pelos clubes gaúchos, não foram resultados fortuitos e, sim, recompensa à uma cultura formadora de capacidade. No turfe, sempre fomos celeiro de cavalos e jóqueis, os atletas do espetáculo.

No antigo Moinhos de Vento, o grande destaque foi Antonio Ricardo, um piloto que “ dava asas para o cavalo”, segundo os apostadores mais apaixonados. Pois, se mudando para o Rio de Janeiro, este campeão dos anos cinqüenta/sessenta, apresentou seu filho, Jorge Ricardo, para o mundo das corridas e ele, 10.000 vitórias depois estará na tarde de quinta-feira, dia 15 de novembro, apresentando-se no Cristal.

Jorge Ricardo é hoje reconhecido mundialmente como um dos melhores do mundo na profissão, disputando palmo a palmo o título de jóquei com o maior número de vitórias, em todos os tempos. Entretanto, nunca ganhou um Bento, ao contrário de seu pai que, por exemplo, ganhou o derradeiro Bento do hipódromo dos Moinhos de Vento e o primeiro do Cristal, em 1959, com Chaval, defendendo as cores dos irmãos gaúchos, Nelson e Miguel Kalil.

Jorge Ricardo é filho de um catarinense que formou jóquei no Rio Grande e mais que nada é um exemplo em sua difícil profissão. Convidado por Aluízio Ribeiro para montar Starman, na prova máxima do RS, não hesitou em deixar Buenos Aires, onde lidera as estatísticas, para vir ao Cristal prestigiar o berço de sua família, na prova máxima do turfe gaúcho.

Ele vai ser uma atração a parte. Quem estiver no hipódromo, vai ter a oportunidade de ver um dos principais atletas brasileiros em atividade e seguramente um dos maiores jóqueis de todos os tempos.Aliás,verá dois dos grandes, por Antonio Ricardo também estará presente, para receber justa homenagem de reconhecimento pelos serviços prestados a nosso turfe. Não dá para perder.

VÁ AO HIPÓDROMO DO CRISTAL NO DIA 15 DE NOVEMBRO A TARDE, ASSITIR O “BENTO”

Dia de “Bento” é um dia diferente no Hipódromo. É o dia em que ali comparecem os que só vão nesta data especial, para ver a prova mais importante do Estado do Rio Grande do Sul, muitas vezes com a família inteira, curiosos, procurando entender aquele bonito espetáculo que são as corridas de cavalos. O Clube franqueia suas dependências a partir das 12 horas, com o Restaurante do Salão Preto aberto aos visitantes servindo almoço. As mesas são disputadas neste dia e o restaurante lota. Ir cedo garante o lugar.

As corridas começam as 13:30 horas e a cada páreo os visitantes novatos começam a entender as apostas. Dirigem-se aos guichês onde máquinas eletrônicas cospem boletos de papel com as apostas. “Dez na ponta e dez no placê do oito” é frase que tem de ser traduzida para uma escolha que significa que o animal numero oito é a opção para chegar em primeiro lugar na primeira aposta e em primeiro ou segundo lugar na segunda aposta. “Pagou sete e vinte...” é outra frase típica de resultado para dizer que a aposta na modalidade vencedora vai remunerar cada real apostado com sete reais e vinte centavos. Há jogos mais complexos como as duplas, as trifetas, quadrifetas e concursos... Mas ai já se fala em especialização e dia de Bento não permite isto. O novato deixa para uma outra ocasião para entender este complexo mundo de apostas em cavalos.

Um pouco antes das 18:30 vão entrar na pista os concorrentes do Bento, escoltados por soldados engalanados e desfilando de forma solene momentos antes de entrar no partidor. As autoridades estarão na tribuna do Salão Amarelo e junto com os associados do clube ao som de violinos aplaudirão o desfile, o “passeio” dos animais... Dali a alguns minutos, logo após o último animal entrar no partidor, num momento determinado, vai se ouvir nos alto falantes: “... foi dada a largada para o Grande Prêmio Bento Gonçalves de 2007, Centenário do Jockey Club do Rio Grande do Sul...” E dai vão ser dois minutos e quarenta segundos de uma emoção inesquecível para quem lá estiver. Vale a pena ir.

BENTO DO CENTENÁRIO SERÁ UM DOS MAIS DISPUTADOS DOS ÚLTIMOS ANOS

Quinze de novembro. Feriado nacional.Um páreo vai ser disputado numa tarde memorável no Hipódromo do Cristal. Não um clássico qualquer, mas a nossa maior prova, o Grande Prêmio Bento Gonçalves 2007, no ano do Centenário do Jockey Club do Rio Grande do Sul. Promete ser um dos mais emocionantes dos últimos tempos. Os 2400 metros, na areia, serão disputados palmo a palmo, por vários animais com reais chances de vitória, todos "arenáticos" de primeira linha. Cabe mencionar, primeiramente, o consagrado Really the First, vencedor do G.P. Protetora do Turfe, em setembro passado, derrotando, na ocasião, ao carioca, Better Be Good , que vem preparadíssimo para a revanche, além de Northern King que atropelou tardiamente e que vai defender as sedas do Stud 52, juntamente com o vencedor do Bento do ano passado, Mata Leão , também em grande forma no momento. Todos os citados têm chance de vencer. No entanto, novos atores estarão na pista, além dos que correram no Protetora, dificultando ainda mais o prognóstico. São eles, Portobelo, que será montaria do vencedor das estatísticas de 2006, na Gávea,o jóquei revelado no Cristal, Tiago Josué Pereira.Portobelo é um animal com vitórias no Rio de Janeiro e boas atuações no Tarumã; Starman, montaria do multicampeão José Ricardo, que virá diretamente da Argentina para participar do páreo, buscando uma das vitórias que ainda faltam em sua carreira e defendendo as cores de Aluízio Ribeiro. O animal vem autorizado por excelente atuação em agosto último, no Clássico Delegações Turfísticas, na Gávea, uma das mais importantes provas na areia no Brasil. De Cidade Jardim, SP, cabe destacar a confirmação de Bull Shot, um "arenático" de respeito, trazendo três vitórias de São Paulo. Estarão completando o campo do páreo, ainda, os potros de 3 anos, Duque di Lorenzo, líder da geração no Cristal , e PTPrince, vencedor da Taça de Cristal, a mais importante prova para a geração nascida em 2004 e que, devidamente aliviados no peso de seus jóqueis, igualam-se aos outros concorrentes nas chances de vitória. Participarão ainda outros animais, mas pode-se dizer que esses citados serão os destaques nas apostas. Vale a pena ir ao Cristal para conferir. A entrada é franca.

MONMOUTH PARK

Nada menos que 23 milhões de dólares foram disputados por 123 cavalos, no fim de semana passado, em Monmouth Park,,centenário hipódromo localizado em Oceanport, New Jersey, na costa leste dos Estados Unidos. Choveu 4 dias seguidos, prejudicando o espetáculo e transformando as pistas de grama e areia em verdadeiros lodaçais. Diante desse quadro, também a presença do público deixou a desejar e somente 42 mil pessoas compareceram ao prado no sábado,dia em que 8 grandes premios de grupo 1 foram levados a efeito. E o movimento geral de apostas ficou em 111 milhões de dólares, menor do que o da Breeders Cup do ano passado, realizada em Churchill Downs, no Kentucky e que vendeu 140 milhões de jogo e recebeu 90mil expectadores. São números impressionantes para nós brasileiros,mas que, no entanto, decepcionaram aos norteamericanos.E nisso está a diferença que separa o pujante turfe dos Estados Unidos do nosso, que como se sabe, anda mal, sem apoio das autoridades e padece de um total esquecimento da parte da imprensa. Mas em que pese o mau tempo,a Breeders Cup deste ano apresentou resultados técnicos dos mais satisfatórios e revelou alguns craques realmente excepcionais. O potro War Pass, ganhador da milha do Juvenile,com certeza será eleito o melhor do ano em sua categoria e, a continuar na forma atual, deverá ganhar o Kentucky Derby, em maio do ano que vem. É uma máquina de correr. Outro animal que deixou uma impressão muito favorável foi Midnight Lute,o herói da Sprint. Este filho de Real Quiet mostrou um aceleração fantástica no final, arrazando com seus competidores. English Channel, que venceu a Breeders Cup Turf, foi outro destaque. Mostrou ampla superioridade sobre os demais competidores, encerrando sua campanha, livrando vários corpos sobre o francês Shamdinan. Vai para a reprodução com seu cartaz no ápice o filho de Smart Strike (Mr. Prospector). E finalmente Curlin ,o ganhador da prova melhor dotada da festa (5 milhões de dólares) foi o grande destaque do dia. Levantou a Classic, por vários corpos e deverá ser eleito o cavalo do ano,com toda a justiça Acabou-se o espaço. Até amanhã.

SETEMBRO CHOVE

Depois de vencer um clássico de grupo 2,em Singapura, o cavalo do Stud Cheasapeake voltou à pista de grama local, semana passada, para disputar o "GP Raffles Hotel and Resort", em 1800 m, (G1) com a polpuda recompensa de 500mil dólares ao ganhador. Foi por pouco, mas muito pela má direção recebida ,que Setembro Chove não repetiu. Dando vantagem no percurso, sempre por fora, o craque brasileiro avançou forte na reta final, mas perdeu por ½ cabeça, uma carreira chorada. O vencedor foi Lim's Objetive. Quem quiser, pode assistir à prova no site www.youtube.com/watch?v=w1u5ILTi-ko .
Ele é o que atropela de arminho, por fora.

OS DERBIES LÁ E CÁ

No próximo sábado, 10 de novembro, teremos a realização das 2 maiores provas reservadas aos potros de 3 anos em São Paulo e Buenos Aires, coincidentemente, as duas maiores cidades da América do Sul. O GP Derby Paulista poderá constituir-se em um mano a mano que se adivinha sensacional. O Stud Jessica, dono de Celtic Princess, a rainha do turfe carioca, resolveu confirmar sua inscrição no derby paulistano e ela deverá se defrontar com Meu Rei, o campeão entre os potros de Cidade Jardim, que tem a missão de levantar a Tríplice Coroa paulista. Com efeito, o potro do Stud Birigui venceu o GP Ipiranga ,na milha, o Jockey Club de São Paulo e ,se quiser completar a difícil empreitada, terá que correr como nunca para bater a notável potranca treinada por D. Guignoni. Ainda mais que, desta feita, Celtic Princess leva 2 quilos de vantagem ,por ser fêmea, e contará com a direção do "fantasma" J.Moreira, um piloto em grande evidência e muito leve,razão porque também a pilotará no GP Carlos Pellegrini, em dezembro, no hipódromo de San Isidro. Além dessas duas "feras", mais 14 animais pagaram o added para se pré-anotarem na prova. São eles, Audacious, Bain Douche, Bare with Me, Bud Guy, Jeune Turc, Lassigny, Mr. Nedawi, Mr. Universo, Ocean Bounty, Parc des Princes, Public Relations, Puerto Tirol, Biólogo e Gamão. Um campo frondoso e de muita qualidade;tem tudo para garantir o êxito técnico da festa. Já o Gran Premio Nacional, o Derby Argentino, cantado em prosa e tango pelos portenhos, vai acontecer no mesmo dia. Tirante os Estados Unidos que ,no particular,são hors concours, esta é a prova mais bem dotada da América do Sul. Seu ganhador receberá a bagatela de 650 mil pesos, algo como 200 mil dólares. É um senhor prêmio, mas lá não pode haver tríplice coroado. Ilusor, que ganhou a Polla (primeira prova), fracassou no "Jockey Club", na grama de San Isidro. Nada menos de 24 animais se pré-anotaram,mas só há uma representante do sexo feminino, Magic Sale.

ARAMBARÉ E OUTROS BICHOS

Semana passada, houve poucos clássicos importantes no Brasil. Sábado, no Rio, 2 provas "listadas", em pista de areia, serviram de base ao programa do J.C.Brasileiro. Clássico na areia, lá e em São Paulo, é raridade. Eles amam a pista de grama e talvez essa seja a causa de tantas lesões na cavalhada do centro do país. Mas, voltando aos clássicos cariocas, ambos foram realizados na milha e vencidos por gaúchos, a começar pelo jóquei Marcos Mazini,que estava suspenso e por isso só montou nos clássicos. E levou os dois para seu acervo.100% de aproveitamento. Começou com o "Octavio Dupont",para as potrancas, onde pílotou a gaúcha Polish de Naranjos (Patio de Naranjos),criação do Haras J.G. e propriedade do stud Sol de Agosto, também gaúcho. Colocou-a junto aos ponteiros desde o início, aproveitando o fato de largar por dentro. Na reta, fez valer a maior categoria de Polish de Naranjos, que cruzou o disco com pouco mais de 4 corpos à frente da segunda colocada, Radiant Fire (American Gipsy). A pensionista do alegretense Darci Minetto cobriu os 1609m em 98s81. Já no "Ernani de Freitas",para os machos, disputado 30 minutos depois, a vitória foi de Deep Bet. E que vitória! Também sob as ordens do binômio riograndense Mazini/Minetto (que substituia a Paim,suspenso), o filho de Arambaré realizou uma performance de luxo. Assim como Polish de Naranjos,o potro do Haras Maluga já largou misturado com os vanguardeiros e não ganhou de pau a pau porque Mazini não quis. Quando chegou a hora da verdade, Deep Bet disse adeus à parceria e foi sacando diferença cada vez maior, a ponto de livrar mais de 7 corpos de vantagem sobre o segundo colocado, Ernani Pires (Astor Place), no excelente registro de 97s 88, cerca de 1 segundo melhor do que o da potranca. Provou que é de carreira o potro que vai consagrar a um reprodutor nacional que já vinha dando mostra de que é um ótimo raçador:Arambaré. Guardem esse nome. Edemilson Souza era seu proprietário quando de sua campanha nas pistas brasileiras e sempre acreditou nas qualidades de seu craque. Em função de Arambaré, pode-se dizer ,foi que Edemilson montou o seu modelar Haras Maluga e já vem colhendo resultados positivos. Merece. Agora, Deep Bet será preparado para lances maiores e tem tudo para corresponder às melhores expectativas. Ele começou sua campanha no Cristal , ganhando com extrema facilidade ,em abril. Logo, foi levado ao Rio de Janeiro, tendo lá estreiado no GP ABCPCC ( G1). Não teve sorte, mas esta foi a sua única derrota. De lá para cá, correu 3 vezes e ganhou todas, sendo que o "Ernani de Freitas" é seu primeiro laurel na esfera maior. O filho de Arambaré e Juba Loira (Etendard) vai continuar brilhando e pelo menos na areia vão ter que rebolar para derrotá-lo.

SERIA ASSUNTO NO JORNAL NACIONAL

A égua Atrevida, uma argentina de 4 anos,ganhou o quinto páreo no hipódromo de Santiago del Estero, hjá cerca de 15 dias. Até aí, nada de mais. Acontece que a égua, fazendo jus ao nome,incomodou um bocado até alinhar no partidor. E após cruzar vitoriosa pelo disco de sentença, quem sabe irritada pelos laçaços que recebeu durante o percurso, Atrevida negou-se a obedecer ao comando de seu piloto, investindo sobre a platéia que, atônita, viu duas mocinhas serem atropeladas pela égua enfurecida. Levadas ao hospital, felizmente tudo não passou de um susto. Elas sofreram apenas escoriações leves. Mas seria um prato cheio para as televisões brasileiras, não é mesmo?....

PENCA DA PRIMAVERA

Com um movimento de apostas considerado muito bom (cerca de 243mil reais) a penca de Júlio de Castilhos arrebanhou um público entusiasmado que fez o sucesso da festa primaveril promovida pelo Jockey Club Castilhense. Dizem que a atual cotação da soja também contribuiu... O certo é que as 3 eliminatórias, disputadas no domingo, 21, aconteceram no horário previsto e apresentaram como vencedores, Herói do Pago (Fritz), Pistola de Ouro (Spring Halo) e La Habitación (Pitu da Guanabara), respectivamente, nos primeiro, segundo e terceiro ternos. Ponta e dupla de S ão Borja, que Pistola de Ouro nasceu e foi criada no Haras São José das Missões, ao passo que sua escudeira procede do Haras Nova Vitória, ambos estabelecimentos são borjenses.

O LATINO SERÁ NO PERU

O Grande Premio Associación Latinoamericana de Jockeys Clubs, mais conhecido por "Latino", se propõe a reunir os melhores cavalos da América do Sul em um grande evento anual que muda de cenário a cada nova disputa. Este ano, uma inovação importante tinha sido acertada e o "Latino" seria corrido em março de 2008 no charmoso hipódromo de Gulfstream Park, perto de Miami. Mas deu zebra. A única exigência feita pela associação dos Jockeys era a de que os cavalos que fossem designados para a competição gozassem de um tratamento idêntico ao que recebem os que procedem da Europa, no que se refere à exigência de quarentena. Nos moldes atuais,ficaria inviável a competição,devido a longa quarentena a que sãp submetidos os animais. Mas as autoridades sanitárias americanas não quiseram saber e assim o empreendimento teve que ser transferido. Sulamericanos não são europeus, ora! E o "Latino" vai para o Peru, no hipódromo de Monterrico. Mas nem por isso perderá importância. Muito pelo contrário, ele dará uma recompensa ao primeiro colocado que pode ser considerada expressiva em qualquer parte do globo: 100 mil dólares.