sábado, 24 de novembro de 2007

ECOS DO BENTO E DA CRISE

Ainda ressoa em nossa cabeça o sucesso alcançado pelo GP Bento Gonçalves,dia 15 último.Tudo funcionou a contento, a parte técnica,com carreiras emocionantes e bem disputadas e a parte social,com um público que de há muito não se via em nosso hipódromo. Claro que não tanto como ocorria até os anos 80, quando a imprensa se empenhava em fazer uma grande cobertura do evento - quase tão grande quanto a que fazia em um Grenal,por exemplo.Hoje,o turfe desapareceu das páginas diárias dos jornais,mas bastou que o Bento fosse noticiado, para que os aficcionados reaparecessem no Cristal,dando sua contribuição ao espetáculo e garantindo um excelente movimento geral de apostas.No total,mais de meio milhão de reais circularam pelos guichês.Um número recorde para o Jockey Club do Rio Grande do Sul,no ano em que comemora seu centenário de fundação.Os clássicos disputados naquele dia,foram os 1820m do “Nestor C.Magalhães”, vencido por Urban Anki,às custas de For Good Reasons; os 2000m na grama,do GP Nelson e Roberto Seabra,levantado pela pequenina mas muito valente Juventude,escoltada por Obirici; a milha do “Presidente da República”,vencido por Dubai, derrotando ao favorito Oligarca Gaúcho; o Bento do Ricardinho e do brilhante Starman que,se for ao Uruguai para disputar o Ramirez,tem grande chance de repetir o feito de Porto Alegre. Basta que reedite aquela performance maiúscula; e a joqueada do Tiago Josué Pereira no dorso de Az de Clark, reagindo com ímpeto ao violento ataque de Aromatic Lady, durante praticamente toda a reta de chegada,nos 1200 na grama do GP A.B.C.P.C.C. Mas isso tudo é “jornal de ontem”. E como Bento há um só, voltamos ao quadro de penúria que tem caracterizado o nosso turfe. Para a quinta-feira passada, a Comissão de Corridas conseguiu, a duras penas, formar um programa ralo de apenas 9 páreos,com campos reduzidíssimos.É claro que o público voltou a minguar, assim como o movimento de apostas. Retornamos à rotina de prejuízo sobre prejuízo. Se não houver uma ação conjunta das entidades turfísticas nacionais junto a Brasília, nada se resolverá.O turfe pede socorro e nossos políticos estão surdos. Há que fazer-se ouvir.Se Maomé não vem à montanha...

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