segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O GRANDE PARADOXO


O leitor que nos acompanha já está cansado de saber da crise porque passa o turfe no Brasil, em contraste com o Uruguai, Argentina e Chile. Pois bem, mesmo andando nossos clubes de corrida do jeito que andam, a criação brasileira segue brilhando como nunca. O cavalo nacional faz sucesso pelo mundo afora. É um grande paradoxo. Para se ter uma idéia, na semana do GP Brasil, foi realizada na Cidade Maravilhosa, uma nova edição do já tradicional Leilão Top Classic, desta feita no recinto da Sociedade Hípica Brasileira. Que recebeu decoração de luxo, com a pista do picadeiro acarpetada e servindo um buffet de primeira classe para os convidados. Que vieram até dos EUA e da África do Sul e tiveram recepção à altura do marketing brilhante desenvolvido para o evento. E a potrada posta à venda fez jus à grandeza da festa. Nada menos que 76 potros passaram pelo martelo, alguns em parelha, e 47 foram negociados, num total de quase 4 milhões e meio de reais, e média de 95 mil reais, ou 47,5 mil dólares. O maior destaque foi o potro oferecido pelo Haras Mondesir, de Bagé, chamado Hamilton Lewis, um filho de Roi Normand na clássica Fausse Monaie (Ghadeer), adquirido pelo norte-americano Kenny Mc Peek, pela alta soma de 480 mil reais. Já o Haras Old Friends, também localizado em Bagé, teve na potranca Noble Cat (Hennessy e Crimson Crown, por Red Ramson) seu produto mais valorizado. Adquiriu-a um proprietário da Africa do Sul, por 390 mil reais. Quanto ao Haras Anderson, o outro integrante do leilão Top Classic, o maior destaque foi para o macho Sex Symbol (Thunder Gulch e Hello Again Hello, por Gone West), arrematado por 225 mil reais. São números importantes, que fazem justiça à qualidade da criação brasileira. Ainda na mesma semana, o Haras Pirassununga, São José do Bom Retiro, Tibagi e Louveira venderam em leilão 47 potros que valeram 1.720,000,00, com média de 36 mil. Destaques: para o Haras São José do Bom Retiro, a potranca Wild Moon (Wild Event) vendida por 105 mil reais; Haras Pirassununga, Urubu Malandro (Blush Rambler), arrematado por 82.500,00, mesma quantia paga por Flash Cup (Golden Voyager) do Haras Tibagi. Os sulafricanos levaram o potro Hemingway, destaque do Haras Louveira, por 78 mil reais. Completando a semana de vendas, o Haras Ponta Porã apresentou mais um lote de 45 produtos da geração 2005, vendendo 38 peças por quase 1 milhão e meio e média de R$ 34.428,57.

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