segunda-feira, 24 de setembro de 2007

DEU GAÚCHO NO GP BRASIL


Com grande sucesso de público e nas apostas, tivemos domingo passado a realização da edição de número 74 da maior prova do turfe brasileiro, o GP Brasil, no belo cenário do Hipódromo da Gávea. O favorito do público apostador, Quatro Mares (Jules), contando com a direção de J. Ricardo, sofreu contratempos no percurso mas deu pinta de que poderia ganhar. Contudo, perdeu ação nos momentos decisivos e não passou do quinto posto. A vitória sorriu para aquele que apontamos como o grande rival, o gaúcho L’Amico Steve (Spend a Buck) criado em Bagé pelo Haras Old Friends. O neto materno de Ghadeer colocou-se em terceiro, desde o pulo, enquanto Quanta Classe e Top Hat serviam de "coelho" para seus faixas, His Friend e Quick Road, respectivamente. Moveram o train brigando na ponta e, como era de se esperar, entregaram os pontos na reta de chegada. Foi aí que surgiram Quatro Mares, por fora e L’Amico Steve pela raia 3, notando-se a arremetida forte de Tango di Gardel. O pilotado de Ricardinho logo perdeu ação e então L’Amico Steve, mesmo ziguezagueando no final, se adonou das ações, defendendo-se com classe e coração da estocada de Tango di Gardel. Este, lhe ficou à paleta no disco final, com His Friend vindo ocupar a terceira posição, a pouco mais de um corpo, precedendo a Top Hat, que correu muito, e Quatro Mares, completando o placar remunerado. L’Amico Steve é treinado em São Paulo pelo gaúcho Valter Santos Lopes e pertence ao também gaúcho Stud Star Gold. Depois de tentar, por oito vezes, deixar os perdedores, sem êxito, L’Amico Steve foi colocado à venda por seu criador, num leilão em São Paulo. Foi arrematado por 7.000 reais em suaves parcelas. Levado às cocheiras de Valter Lopes, o neto materno de Ghadeer se transformou. Ganhou seis corridas seguidas desde então e só perdeu o Grande Prêmio São Paulo mas chegou em segundo, a apenas uma cabeça de diferença. Uma derrota ingrata. Voltou à ação, agora no Rio de Janeiro, arranhando o recorde dos 2.400m, marcando 143s 93, um registro 41 centésimos inferior à marca recentemente estabelecida por Ivoire, o grande ausente do GP Brasil. Apesar do magnífico retrospecto, o programa Fantástico da TV Globo foi capaz de dizer, nos escassos segundos que dedicou à prova, que a vitória foi de um azarão... Santa ignorância!

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