segunda-feira, 1 de outubro de 2007

AINDA A CRISE DO TURFE


Nesta última quinta-feira, tivemos o programa do Cristal reduzido a dez provas e a metade delas com apenas cinco animais. É um sinal dos tempos, tristes tempos que estamos vivendo no turfe em Porto Alegre. A crise parece não ter fim. Prêmios, salários e comissões dos profissionais em atraso. Cocheiras cada vez mais despovoadas. Tudo aponta para um desfecho que ninguém deseja para a crise sem precedentes porque passa o JCRGS. Na semana posterior ao GP Protetora do Turfe, não tivemos carreiras. Os dirigentes informaram que era devido à mudança que se faria nas torres de iluminação, que deixariam o terreno onde estão e que hoje pertence ao Barrashoppingsul, passando para a bacia do prado, junto à pista de grama. Pois bem, as torres continuam onde sempre estiveram. Muita gente pensa que a história da mudança foi apenas um pretexto para justificar a não realização do programa de 13/09. E isso não é bom. E, considerando que as crises políticas se acumulam em Brasília e ainda a má-vontade que impera nas relações entre os dirigentes das principais entidades turfísticas do país, ações em nível governamental ou no legislativo federal ficam bastante prejudicadas, não acontecem. E nada é feito na via legal para reverter o atual quadro da atividade turfística. Então, para o nosso caso aqui do JCRGS, só resta agir com nossas combalidas pernas. Vender a Vila Hípica poderia ser uma nova solução paliativa. Só se ganharia uma sobrevida. Porém, sem mudança radical no cenário atual, não se resolve o problema. E essa mudança passa necessariamente por uma reformulação na relação com o Jockey Club Brasileiro. Viramos meros agentes do turfe do Rio de Janeiro. Eles faturam e nós só temos prejuízos. Se não mudarmos essa relação, nada adianta. Sabemos que é difícil, que o JCB, ainda por cima, está em plena campanha eleitoral para renovação ou não da atual diretoria, que pretende, ao que parece, se eternizar no poder, a partir de um estatuto eleitoral ultrapassado que permite a reeleição ad eternum. Diante desse quadro, fica difícil chegar-se a um acordo que venha, pelo menos, contemplar uma parte de nossas legítimas reivindicações. Mas não podemos esperar e a solução, quem sabe, seria buscar outro caminho, como por exemplo, se fez no Uruguai. São considerações daqueles que se angustiam com a situação atual e esperam sinceramente que possamos sair desse quadro doentio que se abateu sobre o turfe em Porto Alegre.

Nenhum comentário: