quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

HOJE É O ÚLTIMO DIA

Último de 2007 e derradeiro Informe Turfe. Foram 7 meses, nos quais abordamos as corridas de cavalos no Brasil e no mundo, ressaltando o contraste existente no tratamento dispensado pelas autoridades para com o espetáculo turfístico. Enquanto nos Estados Unidos,Europa, África do Sul,Austrália,Japão, Hong Kong, o turfe é respeitado como uma atividade econômica e de lazer importante e, como tal, recebe a proteção dos governos, no Brasil, somos párias,desprezados pela imprensa (vale lembrar que o Informe Turfe é matéria paga - e muito bem paga)e pelos políticos que participam das festas e coquetéis oferecidos pelos Jockeys Clubs mas não movem uma palha em defesa do turfe.

Teria sido em vão nosso esforço? Não cremos. É certo que a resposta por parte dos dirigentes não veio como nós esperávamos. Houve até os que teceram duras críticas por termos trazido a público as mazelas do esporte. Não foi surpresa. Antes pelo contrário.Seria muita pretensão esperarmos a compreensão de todos. Mas, já dizia Nelson Rodrigues: toda a unanimidade é burra.Então não há que "calentar la testa",como certa vez falou um amigo. Erramos algumas vezes, cometemos equívocos em outras, mas sempre com um único objetivo e que foi a razão da compra deste espaço: resgatar a dignidade do turfe, divulgar seus méritos, promovê-lo em todos os sentidos, na tentativa de motivar as autoridades,os políticos,as pessoas influentes da sociedade e os dirigentes dos Jockeys Clubs para que tomassem a iniciativa de fazer mudar a legislação que rege o jogo,em geral e o turfe,em particular.Clamamos no deserto?

Até pode ser. Mas temos consciência do poder da Imprensa quando a causa é justa. Por isso, cremos piamente que algum efeito benéfico estes nossos escritos irão deixar na cabeça dos que encaram o turfe, não como simples jogatina como, equivocadamente, muitos pensam, mas como uma atividade esportiva que explora as apostas,sim,mas sem fim lucrativo,tudo revertendo em prêmios para os abnegados proprietários,para os profissionais que nele labutam, para os criadores. Enfim, para sustento de toda a cadeia econômica que gira em torno dele. "Saímos do ar" com a sensação gostosa do dever cumprido. Alguns queriam que fôssemos simples divulgadores, redatores de press releases do Jockey Club do Rio Grande do Sul. Mas não era essa a nossa missão. Desculpem nossas falhas. Se mais não fizemos, foi por nos faltarem engenho e arte. Obrigado pela leitura e até mais...

Fernando Westphalen.

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