quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

BALANÇO NADA PROMISSOR

Chega ao fim o ano de 2007. É hora de fazermos um balanço da atividade turfística na temporada. Não é segredo para ninguém que o turfe no Brasil vem sofrendo um desgaste progressivo e que muito pouco tem sido feito para reverter este quadro que a cada dia se torna mais dramático para os amantes do esporte das rédeas. O Governo,que proíbe o jogo mas explora Loterias Esportivas,Lotos,Quinas e agora também o Timemania,criado com pretexto de ajudar os clubes de futebol que sonegam impostos,ignora solenemente o turfe brasileiro,com se ele não significasse centenas de milhares de empregos,nos haras,nos hipódromos,nas agencias de apostas,na indústria veterinária,nos laboratórios, nos studs , fornecedores de ração,ferreiros, jóqueis ,treinadores, veterinários, etc.etc....Se pode ajudar clubes inadimplentes com o fisco, por que não pode atender as reivindicações dos turfistas?

Este espaço tem como escopo básico chamar a atenção para esse fato, buscando motivar os responsáveis pelo turfe para que saiam da posição de expectativa na qual se encontram e tomem a iniciativa de mudar esta perniciosa relação governo/turfe que está nos matando à míngua.Até já nomeamos aqui personalidades cujo prestígio e poder político poderiam ser usados em prol dessa mudança. Nada aconteceu até agora.Pelo menos que se saiba,o que preocupa. Será muito difícil formar um grupo que se disponha a ir a Brasília, convocar os políticos para a causa do turfe, bater nas portas dos gabinetes dos poderosos? Hoje, isso não acontece, devido ao fogo das vaidades que se entrechocam em Rio e São Paulo, fogueira suicida para o turfe e que os dirigentes dos demais Jockeys Clubs assistem calados,julgando-se impotentes para uma intervenção que ponha fim a essas desavenças. Que têm muito de bairrismo e nada de bom senso. Sem que se chegue a um entendimento mínimo sobre o que é mais importante para a atividade, sem que haja união, sem a colaboração de todos os interessados, criadores,proprietários,dirigentes e profissionais do turfe,está mais do que provado que não sairemos do atoleiro em que estamos metidos. Para isso há que alguém assumir a liderança e partir para a luta. O ano de 2007

foi brilhante para a economia do país,mas para o turfe, infelizmente, deixou muito a desejar. Porém, haverá eleições em 2008. Novas diretorias serão eleitas, em Rio e São Paulo.A esperança se renova. Oxalá ganhe o turfe. Oxalá haja entendimento entre os novos dirigentes e tomara que tenham como questão prioritária mudar a relação com o poder central,lutar para alterar a legislação obsoleta que rege o jogo no país,valendo-se do exemplo vitorioso de nossos vizinhos uruguaios e argentinos (Maroñas e Palermo). São os votos do Informe Turfe.

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